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Estudante de Odontologia é preso em Salvador ao ser flagrado atuando ilegalmente
Atualidade
Um estudante de Odontologia foi preso em flagrante no dia 12 de junho, em um salão de beleza de Salvador, enquanto atuava como cirurgião-dentista de forma ilegal e realizava procedimentos de harmonização orofacial. A identidade do rapaz não foi revelada.
Érico Brito, coordenador de fiscalização do Conselho Regional de Odontologia da Bahia, afirmou que o acadêmico anunciava os diversos serviços odontológicos que realizava em suas redes sociais.
De acordo com o profissional, o jovem não poderia exercer a profissão, pois não estava inscrito no Conselho Regional de Odontologia. O estudante responderá por um crime previsto no artigo 282 do Código Penal. "Ele vai responder por um crime de menor potencial ofensivo, motivo pelo qual ele não é preso, assina apenas um termo de compromisso para comparecer em juízo", esclareceu. Já na universidade, o aluno poderá ser punido ou expulso.
A investigação foi feita após o CRO-BA receber denúncias da atividade de forma anônima. A ação contou com o apoio da Polícia Militar.
Semana de Odontologia da Unifase tem Odontopediatria e Ortodontia como temas centrais
Educação
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (Unifase) recebe inscrições, até o dia 29 de junho, para a IV Semana de Odontologia. O evento é gratuito e tem como objetivo a integração da comunidade acadêmica, promovendo reflexão, debates e troca de experiências sobre as áreas de Odontopediatria e Ortodontia.
Segundo Vera Soviero, coordenadora do curso de Odontologia da Unifase, a ideia em relação à Odontopediatria é explorar o comportamento infantil durante o tratamento odontológico. “O simpósio fará o percurso das técnicas não farmacológicas de condução do comportamento, passando pela técnica de sedação consciente e chegando à anestesia geral (...) Queremos refletir sobre este tema, visando o atendimento odontológico como uma experiência positiva para a criança e para a família, respeitando a maturidade das crianças, a complexidade de cada procedimento e os riscos/benefícios de cada estratégia adotada”, explica.
Além da Odontopediatria, outra área abordada na programação será a Ortodontia, como informa a professora Patrícia Papoula Gorni dos Reis, organizadora da Semana de Odontologia da Unifase. “A Ortodontia trará o impacto da inovação digital no diagnóstico e tratamento ortopédico dento facial. Ambos os encontros promoverão a reflexão sobre temas muito relevantes no atendimento odontológico de pacientes infantis, a fim de contribuir para a formação acadêmica dos nossos alunos e no aprimoramento dos profissionais que já atuam no mercado de trabalho”, revela.
A IV Semana de Odontologia da Unifase acontece nos dias 30 de junho e 01 de julho, das 19h às 21h30. Os interessados podem se inscrever pelo site www.unifase-rj.edu.br. O evento ao vivo será transmitido pelo canal da Unifase no YouTube.
Entenda a evolução do atendimento odontológico gratuito pelo SUS
Saúde
Maria Santana é uma mulher de 56 anos que, há mais ou menos um mês, procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa por conta de uma forte dor em um dos dentes. Segundo a vendedora ambulante, o dente estava mole e a dor era intensa ao fazer ações simples, como falar ou respirar. A demora na procura pelo atendimento se deu por conta das obrigações da rotina.
No dia do atendimento, depois de algumas horas de espera, a profissional que a atendeu alegou não poder realizar a extração que o caso pedia. O procedimento feito pela dentista foi a limpeza do local e a recomendação de analgésicos para a dor. No entanto, na semana seguinte, Maria seguiu com o incômodo e precisou recorrer a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde conseguiu realizar a extração. "Preferia manter meu dente, mas do jeito que estava, não tinha jeito. Já é o terceiro que tiro. Apesar de ter consciência de que preciso fazer um acompanhamento regular, pela demora, acabo desistindo", explica.
O relato de Maria é o mesmo de milhares de cidadãos brasileiros. Apesar de já existir atendimento odontológico gratuito no Brasil, a oferta ainda precisa evoluir muito.
O fato dos atendimentos serem limitados e de difícil acesso fez com que a população acostumasse a buscá-los somente em casos extremos de dor. Pensando em mudar esse quadro, foi lançada pelo Ministério da Saúde em 2003 a Política Nacional de Saúde Bucal, que deu origem ao programa Brasil Sorridente.
O atendimento odontológico no SUS
Com a criação do Brasil Sorridente, o SUS passou a ofertar, além dos serviços simples, próteses dentárias e aparelhos ortodônticos. Segundo Marco Manfredini, cirurgião-dentista e representante do CRO-SP (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), o programa foi extremamente importante na oferta de saúde pública quando comparado a outros lugares. "Os procedimentos bucais sempre ficam de fora, mesmo em países que têm sistemas universais de saúde, ou se priorizam apenas algumas faixas etárias", explica.
Como está o serviço nos dias atuais?
Apesar da criação do Brasil Sorridente ter triplicado a oferta de serviços, ainda não é suficiente para atender toda a população que precisa. Segundo documento produzido pela Faculdade de Odontologia da USP em 2019, o programa investiu mais de R$ 5 milhões em pesquisa científica entre 2004 e 2014, em parceria com universidades e centros de pesquisa. Nessa mesma época, o número de cirurgiões-dentistas no SUS cresceu 50%.
Para atender pelo SUS, os profissionais precisam passar em concursos públicos abertos pelas prefeituras da cidade. Hoje em dia existem aproximadamente 64 mil dentistas no SUS, o equivalente a 30% dos profissionais do país. No entanto, de acordo com Manfredini e Moacir Tavares, professor de odontologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), nos últimos anos houve uma estagnação no número de profissionais atuantes no SUS. "Por falta de financiamento, assim como acontece também com outras áreas do SUS, há muita dificuldade para criar novos CEOs, laboratório de próteses, ampliar equipes na saúde da família... E assim alcançamos menos pessoas", explica Tavares.
Segundo dados epidemiológicos da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, de 62 milhões de brasileiros acima de 18 anos, 34 milhões perderam 13 dentes ou mais e 14 milhões perderam todos os dentes. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), apenas 13,5 % dos brasileiros têm plano odontológico atualmente.
Cuidados com a saúde bucal ainda são praticados em baixa escala
Com a falta de cuidado com a saúde bucal, os problemas começam a aparecer. As bactérias que surgem pela má higiene bucal são capazes de passar para a corrente sanguínea e chegar a outros órgãos, causando problemas como endocardite bacteriana e pneumonia.
Além disso, problemas como a fala ou mastigação prejudicadas pela falta de dentes pode causar baixa autoestima. Para Moacir Tavares, a saúde bucal é extremamente importante e deve ser vista como prioridade também: "Não há saúde sem saúde da boca e não há saúde da boca sem saúde geral", completa o professor.
Fluoretação da água ajuda no avanço da promoção de saúde bucal
A fluoretação das águas de abastecimento é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como medida essencial para o cuidado com a saúde bucal, além de fazer parte das diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB). "É uma medida eficaz e, muitas vezes, a única que chega para algumas populações. Além disso, o custo é barato, menos de R$1 por ano por habitante", explica Manfredini.
Um novo documento preparado pelo Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde da USP (CECOL/USP) em 2021, a pedido do CRO-SP, apresentou as análises sobre os aspectos epidemiológicos, benefícios à população e importância do controle da substância.
De acordo com a pesquisa, a fluoretação da água não apresenta risco à população com câncer, osteoporose e autismo. Além disso, também não causa aborto, anomalias congênitas e efeitos sobre a inteligência, a tireoide, o sistema endócrino e os padrões de mortalidade, preocupações constantemente levantadas nos últimos anos.
Será mesmo que a grama do vizinho é mais verde?
Marketing e Gestão
As comparações existem em praticamente todas as esferas de nossa vida e, mesmo sabendo que não é nada saudável ficarmos nos comparando aos outros, nós fazemos isso. Na nossa vida pessoal e, principalmente, na profissional. Mas o que ganhamos com isso? Frustração, medo, desânimo e por aí vai. Afinal, no processo de comparação, frequentemente temos a sensação de que estamos ficando para trás e é aí mesmo que perdemos a motivação para fazer as coisas irem para frente. Fez sentido para você?
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